Quantos não passaram por tristes momentos da indecisão? Principalmente para aqueles que já foram cristãos, passaram pela a pior prova que o ser humano pode passar. Negar-se, julgar seus sentimentos como um pecado. Passar noites e dias a chorar, ouvindo de todos ao seu redor que aquele ato irá levá-lo ao inferno.
Mas como lutar contra algo que está dentro de si? Ninguém dar uma resposta concreta!
Por que eu?
Por que tenho esses desejos?
Por que Deus permite tal abominação?
São perguntas que nunca encontram as respostas, muitos passam anos a procura dessas respostas, perdendo suas juventude.
Ao se olhar no espelho, faz uma promessa que amanhã tudo mudará que será uma nova pessoa, que esse desejo como um passe de mágica ira sumir. Mas ao acordar percebe que nada mudou que aquele sentimento continua ali, continua sufocado e preso. E para sufocar esses desejos tem que fazer a triste tentativa de se apaixonar por uma mulher, para mostrar para a sociedade que é “homem”, mas isso dura pouco, pois o desejo que se esconde é mais forte, toma conta de todo o corpo e a mente é algo imenso.
Como pode Deus condenar uma pessoa só por fato de ela amar alguém do mesmo sexo? Como uma pessoa pode ser considerada uma berração só por está seguindo seu coração? Chega um momento que essas perguntas se tornam constante ao ponto de sufocar. Necessidade de gritar, dizer a Deus que não tem culpa que não escolheu ser “diferente”. Que não suporta mais sufocar a felicidade, então se realmente nos ama ira aceitar como realmente somos.
Que alivio, uma sensação de liberdade, quando a pessoa se aceita, descobre que não há mal nenhum em ser uma pessoa “diferente”. Chega de passar toda a juventude em busca da cura, porque esse remédio nunca foi encontrado, essa cura é procurada por muito tempo na historia do ser humano, mas nunca foi encontrada. Simplesmente porque não há nada para ser curado, pois não somos doentes, somos apenas “DIFERENTES”.
Glauber Silva
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